17/11/2008

TENDÊNCIAS



(sexta-feira, 19.09.08, 08:01hs)



O mundo nos mostra côncavos e convexos.
Estava ontem assistindo no youtube a um vídeo sobre anorexia, com imagens diversas de mulheres magérrimas, e uma música de fundo internacional e deprimente.
Imagens de mulheres que por diversas razões adoeceram, mas entre tudo, cumina a vaidade.
É uma doença relacionada ao nível desequilibrado de vaidade, que implica em baixa auto estima, insegurança e outras ramificações possíveis.
Em seguida assistimos um vídeo com o título "Fome e Miséria".
Uma música de fundo igualmente triste, e imagens semelhantes as do primeiro vídeo, mostravam casos de "anorexia por falta de opção", pessoas esqueléticas mas que não se recusam a comer.
O mundo viveu um processo lento de regressão moral.
Antes mesmo da gente ter tempo para se chocar com certas coisas terríveis, outras novas coisas terríveis acontecem, e a banalização se acoberta da instantaneidade das coisas!
Os olhos despreparados diante da televisão, desejam o que vêem.
A diferença, é que a muitos e muitos anos atrás, via-se bons exemplos; do contrário as pessoas escandalizavam-se.
Hoje, o modelo de ser humano que se vê na mídia, resume-se ao corpo magro, e ao comportamento impulsivo de pessoas com ações instintivas acima do bem e do mal, da moral ou do respeito, porque o egoísmo é ensinado e banalizado, movido por emoções instantâneas, e por conta da ausência dos pais e dos maus exemplos da tv, muitos aprendizes acham que podem tudo! Sem limites em casa, e com os errôneos exemplos dos ídolos da mídia, podem tornar-se inclusive criminosos. Especialmente os adolescentes, que seguindo estes modelos estéticos e comportamentais, trazem às próprias famílias desequilíbrio, caos e dor; e as drogas encontram aí um bom campo para fatal proliferação.
A civilização do futuro está sendo construída com base no vazio da superficialidade.
Muitas mães e pais simplesmente não tem tido "condição" de conversar com os seus filhos, ou de puni-los quando necessário, porque é mais cômodo ser "bons pais" permitindo tudo, dando dinheiro para compensarem suas ausências! 

Alguns desejos e caprichos juvenis já são manifestações de revolta pela insuficiência da presença e capacitação de muitos pais, que dizem sim para tudo, dão de tudo, inclusive "abandono" o que chamam de "liberdade", e de tanto darem mas "nada darem" criam uma geração insaciável. 
Dizem todos os sins possíveis, equivocados ou acovardados na falsa impressão de que permissividade é manifestação de amor.
Aonde estão os pais na hora que algo errado é mostrado na tv? Ou quando o filho ou filha está diante do computador?- um verdadeiro portal para abismos morais.

 Mas como esperar ações preventivas quanto a isto, se muitos dos próprios pais entram voluntariamente nestes abismos, buscando em salas de bate-papo pornografias, ou qualquer prazer instantâneo, maculando diante de si mesmo a própria moral. O resultado reflete na família.
 Parece algo contagioso, conspirações para tendências absurdas que vão ganhando força.
A rebeldia tornou-se alvo de apreciação por parte de muitos adolescentes.
Desejam ser, ter, fazer, e seguir muitos exemplos errados, porque os exemplos errados são mostrados por pessoas da moda, pessoas lindas, ricas, poderosas, lindos personagens de novelas, modelos, cantoras de sucesso, gente "descolada" que está na mídia, que tem inúmeros fãs, etc. Para os adolescentes de hoje, o único erro grave é parecer cafona. 

Ter boa conduta, evitar influências inúteis e prejudiciais, ter educação, ser respeitável e respeitar, ser solidário, ser humilde, ter simplicidade e pureza, confiar em Deus, amar os pais e a família, sentar à mesa na hora das refeições, evitar assistir programas para adultos, respeitar os mais velhos, tirar boas notas na escola por esforço e estudo, ouvir uma boa música com conteúdo, valorizar a nossa gramática escrevendo da forma correta, e outros tantos valores, tem definido o sentido da palavra "cafona", e é assustador que pensem assim!
 Ser atual não significa apreciar a morte dos valores morais.
Certas providências precisam ser seguras e a médio longo prazo! 

Não podem ser rápidas e emergentes, pois tornam-se ineficazes!
Há momentos que é preciso ser uma "mãe má", porque assim é que se exerce o ofício árduo de educar, e amar.
Prefiro dizer não, prefiro fiscalizar, punir quando necessário, conversar muito, jamais perder a autoridade tentando equilibrar para não cair no autoritarismo, e paralelamente, dar carinho, amor, elogios oportunos e sinceros,  assegurar-me de que a minha filha tem a certeza de que é amada, e de que sou a pessoa que ela poderá sempre confiar.

Tenho também um filho de cinco anos, lindo, especial, e minhas ações e interferências são adequadas à idade dele.
Hoje tem sido mais delicado o tratamento com a minha filha que está com doze anos, pois sinto-me cobrar responsabilidade de mim mesma, sobre ela.
Espero conseguir ajudar a minha filha a tornar-se um ser humano que faça a diferença dentro da sociedade e no mundo.
Às vezes ser uma "mãe má" é ser uma mãe das melhores, mesmo que não pareça assim.



Por SSA




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