07/08/2017

IDIOTIZAÇÃO MUSICAL POPULAR



 

Na década de oitenta, a indústria musical ainda preocupava-se com conteúdo, pois ainda considerava o enorme poder de interferência e influência da música na cultura e no comportamento das pessoas. Ainda que a maioria das músicas fosse para o público adulto, os jovens e as crianças inevitavelmente teriam acesso, então, salvo algumas exceções, prevaleciam músicas com conteúdo de qualidade ou no mínimo inofensivas à moral, ao comportamento e ao desenvolvimento do intelecto e do caráter. Além disso, o público infantil ainda tinha diversas opções, e ícones praticamente desprovidos de malefícios para aquela geração em desenvolvimento.
Hoje, a indústria musical negligencia completamente a formação das próximas gerações, fazendo com que o grande público, independente de faixa etária, perca todo e qualquer critério, e sequer tenha opções! É absurdo achar que não há nenhum problema com a vulgarização musicalizada em detrimento da degradação moral e social, desde que gere renda e empregos! A renda ou empregos gerados pela pornografia musical e pela idiotização de um povo é injustificável! Hoje as crianças quase não têm ícones infantis, e nenhum vale a pena! Muitas crianças têm se espelhado em figuras bizarras, danças vulgares, e letras imorais, e têm aplicado todo esse lixo como prática de vida e comportamento sob o olhar omisso de muitos adultos anestesiados pelas tendências.
A responsabilidade pelo filtro moral nas nossas próprias escolhas, refletirá inevitavelmente nas escolhas feitas por jovens e crianças! Cuidemos da nossa autenticidade e integridade, e principalmente das nossas crianças, pois são como esponjas que a tudo absorvem passivamente. Precisamos nos unir em certos propósitos, manifestando de algum modo indignação e insatisfação, porque, infelizmente, maioria dispersa é apenas uma forma de minoria.

Suely Soares de Araújo



*******************************