25/02/2017

CULTURA DOMÉSTICA


16.02.2017



Você escolhe a cultura e os costumes aplicados em sua casa a partir do seu estilo de vida, e da sua família. Você pode permanecer nos valores e na cultura de uma época. Época em que a palavra de um homem valia o fio do bigode, não precisando documentar nada para ser cumprida; o idoso não era maltratado por ter chegado numa fase de dependências, e sua autoridade era permanente; os homens só se camuflavam de mulher para brincar carnaval; os velhos olhavam as adolescentes com o respeito e carinho de quem olha para uma neta ou uma filha; a ética, a moral e a responsabilidade prevaleciam sobre quaisquer instintos irracionais; na televisão cuidava-se dos ângulos nas câmeras para trazer delicadeza aos beijos de novelas, e priorizava-se a família acima de tudo; época em que ladrão até se arrependia e tinha um pouquinho de vergonha na cara; policial era tratado como herói e bandido como inimigo; comer pão assado com café era motivo de gratidão; ensinava-se os filhos a fazerem preces antes de dormir; o obrigado não era “valeu”, o desculpe-me não era “foi mal”, o até logo não era “vou nessa”, e elogios eram desinteressados porque gentileza era prática comum; época em que se fazia o melhor, sem pensar em recompensas, e na escola as notas do boletim eram proporcionais a aprendizagem adquirida; época em que, ainda que roupa não definisse caráter de ninguém, o caráter definia o que vestir, e o comportamento que se tinha; jovens eram crianças até quinze anos, e permaneciam sublimes depois desta idade; a consideração e a educação para com o outro era algo inerente à natureza do caráter das pessoas; as músicas que se ouviam eram verdadeiras poesias... 

Você pode permanecer nos valores e na cultura de uma época, porque o que tem valor independe da época em si, mas trazemos dentro de nós. Não será você que estará vivendo na contramão! O mundo é que além de estar numa contramão, está de cabeça para baixo! Não se acostume com o que não está em sua essência. 


Por SSA


******************************

23/02/2017

CONSCIÊNCIA E COERÊNCIA



Quinta-feira, 23.02.2017, 12:37hs.

Muita gente não expõe opiniões políticas. Além de evitar problemas com opositores, algumas pessoas não têm escolhas bem firmadas, e correm o risco de mudar suas opiniões facilmente diante de quaisquer argumentos, sejam eles confiáveis ou não.
Algumas pessoas permitem que Direita ou Esquerda sejam apenas um detalhe, e geralmente não aplicam a devida importância a estas duas vertentes de interesses e valores que envolvem inevitavelmente quaisquer candidatos. Não existe “não ser de direita nem de esquerda”, pois são princípios inerentes à política! Um dos lados sempre terá representatividade, mesmo que nem eleitor e nem político queira comprometer-se com isso.
Há quem diga que desconsidera lados e partidos, apenas vota no candidato escolhido, esperando que suas ideologias e seus valores sejam refletidos em projetos, leis e campanhas, quando na verdade as ideologias e os valores da vertente ao qual pertence o candidato, são completamente opostas àquilo que se acreditava.
Por negligências assim, muitas pessoas votam de forma incoerente, experimentando depois os amargos frutos dos próprios equívocos, não apenas em forma de expectativas frustradas e algumas decepções (o que é normal), mas em forma de péssimas surpresas e gigantescos absurdos.

Nos dias de hoje, em que se vota como quem aposta em números da loteria, é importante não apenas ter uma opinião bem firmada como também expor, porque cada indivíduo tem certo poder de influenciar! Cabe a cada um pesquisar informações dos mais diversos lados, averiguar a credibilidade das fontes, filtrar o que seja verídico, ser humilde quando cogitar a necessidade de mudar de escolha, e principalmente ser verdadeiro consigo mesmo, não compartilhando levianamente links que sequer foram averiguados, priorizando apenas o enunciado de cunho sensacionalista, muitas vezes com armadilhas e calúnias, ou “boas verdades inventadas”, dependendo da conveniência de cada fonte.
"Votar com consciência, nem sempre é votar de forma coerente. Mas, votar com coerência, é votar conscientemente."

Por, SSA


*************************************

21/02/2017

CUIDADO COM AS NORMALIDADES DO MUNDO




Terça-feira, 21.02.2017

Os perigos dos quais as crianças, os jovens, e nós mesmos estamos sujeitos, não estão apenas da porta da rua para fora.
Por algum tempo os perigos domésticos eram bem superficiais, talvez alguns produtos de limpeza, tomadas, fogão, ferro elétrico, materiais cortantes, inseticidas, etc. Mas, já há algumas décadas, o perigo entra em nossa casa de formas mais sutis, quase imperceptíveis.
A televisão e outras semelhantes mídias que foram feitas com objetivo de unir imagem à palavra e oferecer diversão, informação e cultura, tiveram esta saudável intenção deturpada pelos interesses comerciais, ideológicos e pela malignidade do coração do homem, passando assim a produzir fenômenos nocivos e quase irreversíveis.
Sabe-se que a tecnologia e as diferentes mídias não devem estar levianamente acessíveis a crianças e jovens, mas em muitos casos estão, e em alguns deles de forma inevitável. 
Estas mídias utilizadas por quem não possui competência e maturidade (e isso independe de idade) têm contribuído para a extinção do afeto e dos valores de uma forma geral, e isto não é só indiretamente. 
Entre as múltiplas funções da comunicação, uma das mais importantes é a educação que os pais transmitem para os filhos. E entre algumas áreas de cuidados a vida, está a contenção de instintos nocivos (inveja, ciúme, ódio e vingança) -  os pais são responsáveis para que os filhos não cultivem isso, mas cultivem sentimentos nobres (tolerância, amor, fraternidade e solidariedade) – pois atitudes físicas e mentais "são os pais que passam para os filhos". Mas de modo geral, uma geração foi formada e outra tem se formado, regadas de dispersão e falhas graves, mentalmente, psicologicamente, socialmente, moralmente e espiritualmente.
A família é a primeira agência socializadora que existe, e nela os principais agentes na formação de caráter e personalidade dos filhos são os pais (não é o governo, ou a escola, e menos ainda a televisão).
A mente humana, especialmente em crianças e jovens, é muito predisposta a captar informações, e algumas podem ser devastadoras, por isso, a vigilância e os limites devem existir com um zelo cada vez maior, pois crianças, jovens e adultos, tem oferecido sem critérios uma especial atenção à mídia, e ela possui poder de condicionar o indivíduo a ter atitudes de submissão, de forma gradativa e tão sutil, que os danos tornam-se imperceptíveis enquanto são causados; é como um abismo aquietando-se no íntimo de cada um, até que o dispositivo da insatisfação aciona instintos no indivíduo, que sem domínio próprio, gera caos em si mesmo e em torno, e quando a sociedade está afetada, percebe-se o desastre e apenas as suas grandes causas - enquanto as  causas pequenas permanecem atuantes e negligenciadas.
A televisão ajudou a iniciar o processo degenerativo de gerações, e estamos cercados por semelhantes ferramentas que funcionam como um eco da mídia televisiva; e os jovens mais do que nunca estão a mercê disso tudo! O indivíduo torna-se sensível a ser dominado por quaisquer coisas, inclusive coisas ilícitas e comportamentos inadequados, perdendo a capacidade de fazer boas escolhas por estar extinto nele o poder de volição, tornando-se massa de manobra e sem qualquer discernimento para auto avaliação neste sentido. Compra ou deseja o que não precisa, passa a gostar de coisas que não gostava, ouvir o que não ouvia, vestir-se como não vestia, e comportar-se como a grande maioria que segue a mesma manipulação. 
Muitas crianças são regadas por programas que tem a função de "idiotizar suas mentes para a etapa seguinte". Tornam-se jovens, e passam a ser nutridos por programas e novelas feitos estrategicamente para eles, preparando-os para um possível diploma de rebelião consciente contra pais e sociedade, ou contra qualquer figura que represente autoridade. 
É um processo tão sutil, que quando se percebe os prejuízos do caminho, perde-se de vista o início do trajeto. Inclusive porque outros aspectos individuais podem favorecer ou não este fenômeno maléfico, e as vítimas deles jamais enxergarão a real situação. São como peixes pegos por anzóis anestésicos - nunca tentarão escapar daquilo que não sentem.



Por, SSA




"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém." (1 Co 10:23)
"Todas as coisas me são lícitas, mas não me deixarei dominar por nenhuma delas." ( 1 Co 6:12)




**************************************