21/02/2017

CUIDADO COM AS NORMALIDADES DO MUNDO




Terça-feira, 21.02.2017

Os perigos dos quais as crianças, os jovens, e nós mesmos estamos sujeitos, não estão apenas da porta da rua para fora.
Por algum tempo os perigos domésticos eram bem superficiais, talvez alguns produtos de limpeza, tomadas, fogão, ferro elétrico, materiais cortantes, inseticidas, etc. Mas, já há algumas décadas, o perigo entra em nossa casa de formas mais sutis, quase imperceptíveis.
A televisão e outras semelhantes mídias que foram feitas com objetivo de unir imagem à palavra e oferecer diversão, informação e cultura, tiveram esta saudável intenção deturpada pelos interesses comerciais, ideológicos e pela malignidade do coração do homem, passando assim a produzir fenômenos nocivos e quase irreversíveis.
Sabe-se que a tecnologia e as diferentes mídias não devem estar levianamente acessíveis a crianças e jovens, mas em muitos casos estão, e em alguns deles de forma inevitável. 
Estas mídias utilizadas por quem não possui competência e maturidade (e isso independe de idade) têm contribuído para a extinção do afeto e dos valores de uma forma geral, e isto não é só indiretamente. 
Entre as múltiplas funções da comunicação, uma das mais importantes é a educação que os pais transmitem para os filhos. E entre algumas áreas de cuidados a vida, está a contenção de instintos nocivos (inveja, ciúme, ódio e vingança) -  os pais são responsáveis para que os filhos não cultivem isso, mas cultivem sentimentos nobres (tolerância, amor, fraternidade e solidariedade) – pois atitudes físicas e mentais "são os pais que passam para os filhos". Mas de modo geral, uma geração foi formada e outra tem se formado, regadas de dispersão e falhas graves, mentalmente, psicologicamente, socialmente, moralmente e espiritualmente.
A família é a primeira agência socializadora que existe, e nela os principais agentes na formação de caráter e personalidade dos filhos são os pais (não é o governo, ou a escola, e menos ainda a televisão).
A mente humana, especialmente em crianças e jovens, é muito predisposta a captar informações, e algumas podem ser devastadoras, por isso, a vigilância e os limites devem existir com um zelo cada vez maior, pois crianças, jovens e adultos, tem oferecido sem critérios uma especial atenção à mídia, e ela possui poder de condicionar o indivíduo a ter atitudes de submissão, de forma gradativa e tão sutil, que os danos tornam-se imperceptíveis enquanto são causados; é como um abismo aquietando-se no íntimo de cada um, até que o dispositivo da insatisfação aciona instintos no indivíduo, que sem domínio próprio, gera caos em si mesmo e em torno, e quando a sociedade está afetada, percebe-se o desastre e apenas as suas grandes causas - enquanto as  causas pequenas permanecem atuantes e negligenciadas.
A televisão ajudou a iniciar o processo degenerativo de gerações, e estamos cercados por semelhantes ferramentas que funcionam como um eco da mídia televisiva; e os jovens mais do que nunca estão a mercê disso tudo! O indivíduo torna-se sensível a ser dominado por quaisquer coisas, inclusive coisas ilícitas e comportamentos inadequados, perdendo a capacidade de fazer boas escolhas por estar extinto nele o poder de volição, tornando-se massa de manobra e sem qualquer discernimento para auto avaliação neste sentido. Compra ou deseja o que não precisa, passa a gostar de coisas que não gostava, ouvir o que não ouvia, vestir-se como não vestia, e comportar-se como a grande maioria que segue a mesma manipulação. 
Muitas crianças são regadas por programas que tem a função de "idiotizar suas mentes para a etapa seguinte". Tornam-se jovens, e passam a ser nutridos por programas e novelas feitos estrategicamente para eles, preparando-os para um possível diploma de rebelião consciente contra pais e sociedade, ou contra qualquer figura que represente autoridade. 
É um processo tão sutil, que quando se percebe os prejuízos do caminho, perde-se de vista o início do trajeto. Inclusive porque outros aspectos individuais podem favorecer ou não este fenômeno maléfico, e as vítimas deles jamais enxergarão a real situação. São como peixes pegos por anzóis anestésicos - nunca tentarão escapar daquilo que não sentem.



Por, SSA




"Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém." (1 Co 10:23)
"Todas as coisas me são lícitas, mas não me deixarei dominar por nenhuma delas." ( 1 Co 6:12)




**************************************